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Publicamos a matéria publicada nesse dia na Globo Esporte e que informou a nivel nacional do golpe dado a Rafael Aghayev após o seminario de Magé.

“Aclamado como um dos maiores nomes do caratê em todos os tempos, Rafael Aghayev não guardará boas lembranças de sua primeira viagem ao Brasil. O lutador do Azerbaijão, tetracampeão mundial pela Federação Internacional de Caratê (WKF) e dono de 10 títulos europeus, chegou ao país na semana passada, para ministrar um seminário em Magé, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Após comandar o curso, realizado no último final de semana, o carateca de 27 anos, destaque mundial desde 2001, não conseguiu voltar a seu país de origem.

Rafael Aghayev e o técnico Yashar Bashirov na frente do hotel em que estão hospedados, na zona sul do Rio (Foto: Túlio Moreira / Globoesporte.com)

Rafael Aghayev e o técnico Yashar Bashirov na frente do hotel em que estão hospedados, na zona sul do Rio (Foto: Túlio Moreira / Globoesporte.com)

A NGK Eventos, responsável por sua vinda, não acertou o cachê de 5 mil euros (cerca de R$ 14 mil) combinado com o atleta, que acabou perdendo o voo de retorno para Baku, capital do Azerbaijão, na tentativa de receber o pagamento. Sem conseguir embarcar na segunda-feira, como previsto inicialmente, Aghayev e seu técnico, Yashar Bashirov, que também é presidente da Federação de Caratê do Azerbaijão, continuam hospedados em um hotel em Copacabana, na zona sul da capital carioca.
Após tentativas frustradas de entrar em contato com o presidente da NGK Eventos, Iuri Kidabam, o carateca recebeu a ajuda de lutadores brasileiros para levantar R$ 6 mil – valor necessário para a remarcação de sua passagem de volta a Baku. A esperança é embarcar para seu país de origem ainda nesta quinta-feira, a tempo de passar o Natal ao lado da família. Grato pelo auxílio vindo dos fãs de todo o Brasil, o atleta afirma que essa é a primeira vez que ele viaja a convite e tem o acordo descumprido.

– Estou acostumado a viajar para diversos países para ministrar seminários, mas essa é a primeira vez que esse tipo de problema acontece. O meu problema não foi com o Brasil, mas apenas com o organizador desse curso. Existem pessoas boas e ruins em qualquer lugar do planeta. Eu adoraria voltar em outra oportunidade e conhecer melhor o país. Depois do meu problema, recebi ajuda de muitos amigos especiais aqui e quero agradecer a todos – relatou Aghayev.

O seminário transcorreu com sucesso em Magé e contou com a participação de cerca de 200 praticantes de caratê. O evento, realizado no Ginásio Poliesportivo Nelson Ferreira Lima, foi patrocinado pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer da cidade e teve apoio da Federação de Caratê do Rio de Janeiro.

De acordo com o técnico Bashirov, Iuri Kidabam fez o convite para a realização do curso por e-mail, e firmou o compromisso de arcar com gastos referentes a hospedagem, transporte e alimentação, além de estabelecer o valor do cachê.

– Ele assumiu o compromisso de arcar com tudo, e depois que ministramos o seminário, simplesmente desapareceu. A partir de então, não conseguimos mais falar com ele por telefone. Todos os números repassados estavam desligados ou eram atendidos por outras pessoas. Foi realmente frustrante. Estou disposto a encaminhar uma carta à WKF relatando o episódio – desabafou Bashirov.

Iuri Kidabam, que também é professor de caratê em uma academia de Magé, já havia trazido o ex-campeão dos pesos-meio-pesados do UFC Lyoto Machida para um seminário técnico de MMA no Rio, no início deste ano. O GLOBOESPORTE.COM tentou estabelecer contato com o presidente da NGK Eventos, mas não obteve resposta. A Federação de Caratê do Rio de Janeiro também foi procurada, sem sucesso.” (Fonte: Globo Esportes .com – Materia de Túlio Moreira)

Também publicamos do comentário feito pelo presidente da CBK, Edgar Ferraz:

ESCLARECIMENTOS DO PRESIDENTE DA CBK EM RELAÇÃO AO CASO AGHAYEV:

Tomei conhecimento através das redes sociais dos problemas enfrentado no Rio de Janeiro pelo atleta Rafael Aghayev do Azebarjão e, após falar com Presidente da Federação do Rio de Janeiro, Fernando Gomes, esclareço o seguinte:

1 – Trata-se de curso clandestino sem autorização da CBK ou da Federação de Karate do RJ, realizado na cidade Magé/RJ.

2 – A pessoa responsável que organizou o curso chama Yuri Kidabam, filiada a FKERJ, que entrou em contato direto com o Rafael e a federação do Azebarjão, passando por cima e desrespeitando todos os trâmites oficiais.

3 – Por outro lado, lamenta-se que um atleta do nível do Rafael tenha sido tão ingênuo e vindo ao Brasil sem autorização e conhecimento da Confederação Brasileira de Karate, infringindo assim, inclusive, o estatuto da CBK.

Edgar Ferraz

Que coisa linda ! Convidar atletas estrangeiros para o Brasil e da-los o golpe do Bahu ! Podemos considerar sim que o culpado idela ja foi apontado: ele se chamaria Iuri Kidabam e, claro, ele é o único envolvido. Pois de repente ninguém é responsável. E se não fosse o gesto de soliedaredade e apoio de caratekas brasileiros mobilizado pelo proprío Douglas Brose, podemos supor que  Aghayev e seu técnico ainda estariam no Brasil.

Varias perguntas ficam sem respostas: Ajudou a Federação do Rio de Janeiro? Ajudou a CBK? Ou mais uma vez isso foi apenas resolvido com o dinheiro dos atletas?

E quanto aos malabarismos do presidente da CBK, parecem convincente? Apenas servem de cortina de fumaça. Dizer que tratou-se de um evento “clandestino ” é uma linda imbecilidade.

Primeiro, no cartaz do evento, consta a logomarca da FKRJ bem como a logomarca da WKF. Lembramos também que o evento foi patrocinado pela Prefeitura de Magé e podemos apostar que a mesma se informou antes de apoiar seu selo no cartaz.386528_485840238126937_1741017379_n

Segundo, o presidente da CBK quer fazer acreditar que esta anunciada, com antecedência, a chegada no Brasil de um campeão mundial para participar de um evento internacional, e a Confederação nada faz para proibir ou impedir tal evento que alias é apoiado por uma Federação estadual incluido na sua lista de federações credenciadas ? 200 atletas participando não é pouca coisa. Ninguém sabia da Confederação? Todos os Caratékas do estado do Rio de Janeiro , e talvez do Brasil, sabiam do evento, mas ninguêm foi avisado da CBK? Ou seja quando o evento é sucedido e traz dinheiro o evento é OFICIAL ! Quando vira salada de frutas é imediatamente declarado CLANDESTINA! Ou seja mais uma vez os Caratecas desse pais são considerados trutas!

Terceiro, se a Federação do Estado do Rio de Janeiro não tem nada a ver com esse golpe, porque ficou silenciosa e porque a Globo esporte nao consegui falar com ninguem?

Mas é verdade que estamos no país do “Eu não sabia de nada” e do “Esse dinheiro não é meu ” onde não podemos ter certeza de nada, senão da vergonha que mancha, com regularidade o jeito de administrar o karaté desportivo no Brasil.

Que VERGONHA !!!!!